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IRAQUE:Ocupantes ilegais despejados em cerca de dois terços dos alojamentos pertencentes aos deslocados internos e refugiados

A displaced Iraqi woman living in the Adhamiyah neighbourhood of Baghdad.

Una mujer iraquí desplazada que vive en el vecindario de Adhamiyah, en Bagdad. Muchos de los desplazados no pueden regresar debido a que otras familias están ocupando sus viviendas. (jamesdale10/Flickr)

Cerca de dois terços dos alojamentos pertencentes aos deslocados internos e refugiados, ocupados indevidamente, estão desde meados de 2008 a ser despejados, disse em 9 de Janeiro um funcionário governamental.

BAGDADE, 10 Janeiro 2010 (IRIN) - Cerca de dois terços dos alojamentos pertencentes aos deslocados internos e refugiados, ocupados indevidamente, estão desde meados de 2008 a ser despejados, disse em 9 de Janeiro um funcionário governamental.

Sadiq Amer, que dirige um dos dois principais departamentos do Ministério do Deslocamento e da Migração (MDM) Iraquiano em Bagdade, afirmou que, ocupantes ilegais ocuparam 3.099 alojamentos pertencentes a deslocados internos e refugiados até Julho de 2008, data a partir da qual o governo decretou o seu despejo, para incentivar o regresso dos deslocados internos e refugiados aos seus legítimos lares.

“Até 20 novembro de 2009, 1.164 de 2.299 alojamentos ocupados foram despejados na área de Karkh em Bagdade [lado ocidental da cidade]. Em Rasafa [lado oriental] aproximadamente 800 alojamentos foram evacuados,” - Afirmou Amer ao IRIN .

Amer disse que 18.123 famílias de deslocados internos e refugiados tinham regressado a Karkh e 14.000 famílias a Rasafa até à data de 5 Janeiro.

Desde julho 2008, o governo faz um esforço concertado para incentivar o retorno de deslocados internos e refugiados aos locais de origem. Um elemento importante deste esforço era uma medida para aliciar os ocupantes, oferecendo-lhes 1.8 milhões de dinares iraquianos (US$1.525) para os ajudar a encontrar uma habitação legítima.

No princípio de 2008, o ministério do deslocamento emitiu o seu primeiro relatório referente ao número dos alojamentos ilegalmente ocupados - 3.491 em nove províncias: Bagdade, Diyala, Anbar, Salaheddin, Ta' mim, Babil, Kut, Nineveh e Muthana. Estes incluíam casas, apartamentos, terras e outros edifícios.

Abdul-Khaliq Zankana, líder da comissão parlamentar para o deslocamento e migração, disse que o decreto para os despejos “não foi correctamente executado, porque apenas um número limitado de famílias regressaram até agora a suas casas estando a maioria ainda à espera enquanto as suas casas se encontram ocupadas por outras famílias”.

Ele disse que os bairros mais ocupados de Bagdade eram: al-Jamia em Bagdade ocidental, al-Hurriyah no norte, al-Dora no sul e Saidiya no sudoeste da capital.

"Eu juro que eu não ouvi até agora que sequer uma família tivesse recebido o pagamento único,” disse Zankana ao IRIN.

Responsabilizou procedimentos e burocracia ineficazes e demorados.

Amer disse que apenas uma família de ocupantes tinha recebido o pagamento único, porque o decreto cobre apenas os que não podem regressar aos seus locais de origem, que disse, serem muito poucos.

Reconheceu que o processo de despejar um ocupante leva um tempo considerável, cada pedido tem que ser enviado pelos proprietários às autoridades de segurança e imobiliário de Bagdade para verificar a posse da casa.

IRIN


El(la) siguiente Traductor(a) Voluntario(a) por el derecho a la vivienda sin fronteras de la AIH colaboró con la traducción de este texto:

Fernando Oliveira