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Especulação imobiliária despeja Jardim Metropolitano

Titulo:
Especulação imobiliária despeja Jardim Metropolitano
Área geográfica:
América 
País:
Brazil
Cidade:
São Paulo
Localidade/Bairro:
Jabaquara, Vila Campestre
Nome da comunidade ou do núcleo familiar ameaçado de despejo:
Jardim Metropolitano
Número estimado das pessoas afetadas (em número):
750
Grau posse:
Casas Precárias, Baixa Renda , Estudiantes , Imigrantes/Emigrantes , Mulheres , Raça , Jovens , Adultos , Ancianos , Ocupantes , Crianças
Informações sobre a história e antecedentes do caso:
O projeto inicial da área era a edificação de 4 torres de mais que 20 andares.
A empresa construtora Jawa edificou duas torres e faliu. As outras duas ficaram só com o esqueleto construído. A área foi ocupada sem escopo de moradia (era um pessoal perigoso e marginário).
1999) Um novo proprietário comprou a área. Ninguém sabia disso.
2001) Algumas famílias começaram morar na área tirando também o pessoal que ocupava o terreno e baixando muito o nível de perigo da área. Antes da chegada dele o lugar muito perigoso e totalmente abandonado.
2002) Após um despejo de 100 famílias no Jardim Maristela (Ipiranga) um novo pessoal chegou à área pra morar. A mudança foi acompanhada pela Prefeitura que disponibilizou alguns ônibus. A prefeitura falou que aquela era uma massa falida e que o pessoal podia morar ai sem problema. Este aconteceu apesar do feito que a compra do imóvel já estava registrada na prefeitura.
2002) Mais ou menos na mesma época que a Prefeitura colocava 100 famílias no prédio o proprietário que adquiriu o terreno (comprando-lo em um leilão) pediu pra o resgato da posse e perdeu.
2004) Saiu um artigo no Jornal da Zona Sul falando da ocupação.
2004) A área foi declarada de risco. A prefeitura indicou algumas normas pra cumprir como: colocar extintores, fechar as escadas, fechar o vazio dos elevadores... Os moradores cumpriram os deveres e conseguiram ficar no lugar.
A prefeitura continuou enviar despejados na área. Por este o subsolo do prédio è também ocupado pra barracas.
2009) A prefeitura moveu uma ação de despejo contra as famílias porque eles moram em área de risco. O proprietário fala que ele não está envolvido no processo.
Niveis da causa e responsabilidades:
Local
Violações dos artigos e normas internacionais:
,
As razões dadas para o despejo, oficial e nao oficial:
Ração oficial: a comunidade mora em uma área de risco. O perigo seria identificado na falta de medidas de seguranças do prédio.
Ração verdadeira: a área ocupada tem um grande valor porque fica em um bairro de classe médio alta. O proprietário da área è também dono de uma empresa de construção. Os prédios vizinhos estão sendo desvalorizados. Os moradores do bairro não querem pessoas de baixa renda perto deles.
Principais acontecimentos ocorridos em conexão com o despejo (datas, ano e hora):
O despejo è encaminhado. Parece que vai demorar até o fim do ano escolar porque tem muitas crianças estudando nas escolas.
Nome das autoridades que estão ou planejam realizar o despejo:
Prefeitura de São Paulo. O beneficiário è a construtora CONTRATA.
Nome das organizações envolvidas, suas forças e fraquezas, suas abordagens para o problema:
Defensoria publica ( avocado Carlos Loureiro), CONAM, Associação pro moradia Jardim Metropolitano.
Nome das agências, ONGs ou instituições de apoio que trabalham na comunidade:
CONAM, Centro dos Direitos Humanos Gaspar Garcia , Associação pro moradia Jardim Metropolitano.
Medidas tomadas ou propostas até o momento pela comunidade e / ou pelas agências ou ONGs que apóiam para resistir ao despejo e / ou para buscar soluções alternativas:
A comunidade, junto com a defensoria publica, pede pra um plano de moradia.
Alternativas ou soluções possíveis oferecidas ou propostas pelas autoridades locais ou nacionais às comunidades afetadas:
Outra , Realocação
Estratégias e acções futuras previstas ou discutidas para lidar com o caso ou outros despejos:
A Prefeitura falou pra os moradores que nem vai disponibilizar um caminhão. O proprietário da área falou que vai fazer uma doação de 500.000 reais pra ajudar o povo a comprar outro terreno. Ele vai colocar este dinheiro sem que seja obrigado pra ninguém. Ele vai disponibilizar o uso de caminhões pela mudança. Ele parece ter um coração muito grande. Em verdade na área moram mais que 178 famílias, calculando que o indenizo mínimo (o mesmo que recebe uma família que mora em uma barraca de madeira) è de 5.000 reais, a comunidade deveria receber o mínimo 900.000 reais.
Autor (nome, endereço e responsabilidade):
CONAM - Marco Ribechi
Organização / relatórios organizações:
Rua Cruz das almas, São Paulo, Marco Ribechi, Jardim Metropolitano, Metroboll, Jabaquara, Vila Campestre , CONTRATA
Relacionamento com a Aliança Internacional de Habitantes (AIH) das organizações comunitarias apresentando o caso:
Parte da Campanha Despejo Zero
Data do relatório:
26/11/2009
Editor:
Marco Ribechi
Notas:

Alguns moradores investiram mais que 50.000 reais na moradia. O prédio não tinha paredes, foram os moradores que colocaram. Não se entende porque o prédio esta registrado na Rua Cruz das Almas quando o ingresso seria na Rua Buritis.

O juiz não queria receber os moradores, só queria falar com os avocados.

A construtora CONTRATA, dona da área trabalha junta com a Prefeitura.

Vende-se

Vende-se

A foto è emblemática porque mostra a dificuldade pra as construtoras de vender casa no redor da ocupação.

Este è o verdadeiro problema com a comunidade. A economia capitalista e a especulação imobiliária è mais forte da dignidade das pessoas o dos direitos humanos.